segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Insustentável leveza do meu ser

O que não dava para ser pena, dessas soltas, numa leve brisa de ar quente de fim-de-tarde de um dia de Verão, de Verão que já cheira o Outono. Pena para levemente não me mexer e apenas me deixar levar por essa brisa que mal se sente na face. Mas de longe vejo-me e revejo-me. Não sou pena. A leveza insustentável escorre-me e povoa os espaços em vácuo.

Há algo de cortante na leveza que não tenho nem carrego. Mas tenho em mim o meu ser. Respira. Move-se. Vai e retorna. Com ele vou, com ele me deito e acordo. É meu e só deixará de ser meu, - posse egoísta e inata - se me roubarem o que nunca dei.

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