sábado, 28 de junho de 2008

summer breeze

Fim do dia e as pessoas correm. Correm tanto que parecem fugir. Eu fico ali. Tão parada que parece que espero. Que te espero. Mas apenas não sei para onde deva fugir. E nesse entretanto em que paro, tu achas-me.

Ainda não me dei conta de que te procurava. Tu ainda não te deste conta de que me achaste. No meio perdeu-se a vontade de fugir.


Quando dermos conta já será de noite. Amanhã falamos.

terça-feira, 17 de junho de 2008

a preto e branco

Como um filme já velho vais perdendo as cores... Como uma película já gasta vais passando vezes sem fim. Em loop. Projecto-te em paredes de interiores caiados de branco. És de uma cor entre o cinzento e o amarelo desbotado.

Tens o cheiro de papéis velhos que fui amontoando nas gavetas. Vais perdendo os traços que te davam genialidade e vais te esbatendo na paisagem.

Até que resta nada. O filme desfaz-se do uso insano que lhe imprimi. Foste porque nunca pudeste ficar. Ficaste não só mas sem mim lá atrás, onde pensei que te tinha trazido.

Saí. Quando voltei já tinha nas mãos um filme novo e vou pedir para gravarem nele novas imagens. As velhas já não são precisas.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

where did time go?

E de repente um tempo sem tempo recupera-te. Traz te sem rótulos, sem posturas. Naturalmente te arrasta por cá. Senti os olhares mas numa tal simplicidade não me importei e eles, eles afastaram-se e também deixaram que ficássemos por cá. Trouxe-te depois como no fim de um abraço exactamente do sítio onde te larguei.

E o que te pertence e o que é meu ficaram tão bem juntos.

Mas foi num tempo sem tempo. No meu relógio não tens segundos que te cheguem e no teu eu não tenho horas que tivessem ficado por preencher. E mesmo assim ficaram tão bem juntos e eu?! Trouxe-te do sítio onde te larguei porque há qualquer coisa ainda de intemporal que teima em não te deixar morrer por cá.

- do you want me to stay?
- no, you may leave

quarta-feira, 4 de junho de 2008

a pair of two(s)

Olho para o que é teu, sei o que me pertence. E por uns quaisquer instantes parecem-me ficar bem juntos. E é então que paro como que forçada por um bocejo, sabendo que certas combinações só se fazem por casualidades.

Ainda vai demorar tempo até nos sabermos cruzar. Mas não vai demorar mais tempo do que o necessário. Para nós poderá parecer um Verão ou simplesmente uma vida. Mas na verdade será só o tempo necessário para nos aprendermos.

a two isn't always a pair...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

just a story

Lês me uma história?




Aqui. Perto do mar. Longe do barulho.
Aqui. Simplesmente.