terça-feira, 29 de julho de 2008

garcia lorca

Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.

Verde que te quero verde

verde carne, tranças verdes,
ela sonha na água amarga.

Verde que te quero verde.
Que eu hoje estou a preto...

sábado, 19 de julho de 2008

over the bridge

Parada. A inércia não sei se será sintoma se será estado permanente. Estou parada. E nestes dias mais mornos sinto o tempo quieto... como eu.
Sinto-me numa ponte sem saber bem para onde vou.
É tudo uma questão de orientação e por vezes perco a noção do aqui.
Porque se souber onde estou sei para onde quero ir.
Será que posso dizer que me faltas?! Será abuso? Talvez sem razão.
Mas hoje faltas-me, como ontem, como amanhã.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

petals forever more

E estendo as pétalas que hoje me parece apetecer. Colho-as dos jardins e espalho-as pelo chão. Leves. Suaves. Simples como o teu sorriso e isso chega para acalmar os dias que se passeiam agitados e confusos. Chega para ser fim de tarde num dia de Verão. Quente. Seco.

E visto-me por fora. Trago-te dentro. Espero-te na volta.


sexta-feira, 11 de julho de 2008

xiu


E zango-me com a arrogância que salta para fora quando me pedes opiniões terceiras que não me sabem incluir. E oculto-me por trás de paredes de reflexos. Empurro-te por saber que seria tão fácil como ir até ti.
E quando estamos os dois pergunto-te a passos calmos, de quem já sabe partilhar, o que fizeste e o que tens para me mostrar. Tu contas-me as tuas paixões e esgotas os segundos dos tempos que vamos salvando. E aí o silêncio não me incomoda. Partilha-se.
Passas e deixas-me um presente. Guardo em silêncio. Não me incomoda.
Um dia poderemos partilhar um sonho em silêncio.