
há dois dias que o tempo é ele próprio vulnerável a dois tempos. um arrasta-se, outro acelera-se. enquanto lhe conto as coisas frívolas de que se têm devassado os segundos, ele quase que pára. como que paciente, ouve-me trespassar tudo o que a ele não lhe importa. mas finge que sim e fica ali arrastado. quando não lhe vejo o tick-tack de um traço para o outro, ele voa. escapa-se das mãos como tantas outras coisas que deixo passar em jeito despercebido. a pedir, pediria o contrário, o inverso da sua essência. mas contento-te por saber que só anda mais depressa para chegar a mim.
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