quarta-feira, 13 de agosto de 2008

killed the pianos and broke all the cats...

As palavras. Elas. As mesmas. Irritaram-me, quais punhais... pedras. Pequenas, grandes, gordas, magras. Pedras que me souberam tão bem atirar. E essas que não quis guardar, ergueram-se como castelos inquebraveis e imponentes. O coração ficou inquieto. Eu fiquei como que possuída... por elas. Já não mais pedras... mas palavras que sabem que pesam o mundo quando querem.

Palavras repetidas à exaustão que um ser não sabe conter. Gritaram, berraram, cuspiram a lava que se entranhou. Sinto queimar.

E ajudam-me a dobra-las, a molda-las. Cuidado com o que dás. É quase sempre o que contigo és obrigado a levar - disse-me o estranho sem se aproximar.

E eu fiz delas raízes que me fazem querer voar. Amanhã serei gigante. Azul talvez. Preto, rosa e cinza. Serei mais alto do que tu. Imponente como as pedras dos castelos mas mais brilhante do que as princesas que neles percorrem corredores.

Quanto às palavras... fico com elas para saber que os sonhos são para ser sonhados e jamais vividos.

Nenhum comentário: