terça-feira, 17 de junho de 2008

a preto e branco

Como um filme já velho vais perdendo as cores... Como uma película já gasta vais passando vezes sem fim. Em loop. Projecto-te em paredes de interiores caiados de branco. És de uma cor entre o cinzento e o amarelo desbotado.

Tens o cheiro de papéis velhos que fui amontoando nas gavetas. Vais perdendo os traços que te davam genialidade e vais te esbatendo na paisagem.

Até que resta nada. O filme desfaz-se do uso insano que lhe imprimi. Foste porque nunca pudeste ficar. Ficaste não só mas sem mim lá atrás, onde pensei que te tinha trazido.

Saí. Quando voltei já tinha nas mãos um filme novo e vou pedir para gravarem nele novas imagens. As velhas já não são precisas.

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