quarta-feira, 28 de maio de 2008

good things come to those who wait

Hoje é sem imagem porque não lhe sei imaginar.
Hoje é sem tempo porque esse anda distraído a lutar contra o seu semblante. Corre, pula para chegar mais depressa ao fim, talvez por pensar que quer reviver o seu início.

Hoje é sem ti. Ficaste há muito lá trás. Ainda me lembro de cada vez que me fizeste exacerbar um conceito e lembro me estranhamente do momento em que te larguei. Não é vulgar, não é banal porque nunca soube de ninguém que se recordasse do instante preciso. Eu sim. O segundo, o odor do espaço, a nossa distância, o cenário de pessoas... E como te deixei ali. Nunca mais te pedi para me seguíres, nunca mais te carreguei baixinho nos meus pés.

Já culpei o destino, criador de situações com que não sonhamos, já te culpei a ti, já me culpei a mim. Hoje é sem culpas...

Hoje é com o coração em espera e com a mente em linha que se vai transferindo... A música é invariavelmente enervante.

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